quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DICAS PARA MELHORAR O RELACIONAMENTO COM O CHEFE

Todos os dias nos relacionamos com pessoas. Elas fazem parte de todos os resultados que alcançamos em nossas vidas e no ambiente de trabalho isso não é diferente. A qualidade do nosso relacionamento interpessoal pode, muitas vezes, afetar esses resultados. Se no ambiente de trabalho, o relacionamento com o chefe é complicado, o que fazer?
 “Antes de tudo é bom lembrar que aprender a lidar com o outro é extremamente importante para que se consiga levar uma vida saudável, equilibrada e de crescimento. Não se trata de uma visão “Pollyana”, mas de uma visão realista da vida, que nos dá a chance de sofrer e reclamar ou agir e aprender”, ressalta Juliana Almeida Dutra, especialista em gestão de pessoas e clientes e diretora executiva da Deep – Desenvolvimento e Envolvimento Estratégico de Pessoas e Clientes.
Para quem se encontra nessa situação, aqui vão algumas dicas de Juliana para tentar melhorar as condições no ambiente de trabalho:
1. Se numa reunião, seu chefe pergunta aos outros membros da equipe o que eles acharam de um trabalho que você apresentou, não pense que ele está lhe expondo. Ele pode estar lhe dando a todos a chance de falarem o que pensam na sua frente e de você explicar o real motivo de cada decisão sua neste projeto.
Esta é a lição número um: que as pessoas não agem por mal em tudo e o tempo todo. Se procurar uma intenção positiva nas coisas, aprenderá a identificar melhor as atitudes, sem julgar, a olhar a intenção por trás da ação. Se você vê alguém da sua equipe resistente e nervoso, em vez de estigmatizá-lo deveria sentar com ele e perguntar o que o faz ficar assim e tentar ajudá-lo a chegar em uma situação de trabalho melhor.
Claro que não estamos falando de ingenuidade, mas de uma maneira diferente de identificar as intenções sem juízo de valores, mas pela realidade. Se perceber que a intenção foi ruim, não pense que aquela pessoa é assim o tempo todo, mapeie as personalidades e aprenda a conhecer os momentos para se relacionar com as pessoas. Assim alcançará sucesso maior em suas aprovações de projetos, feedbacks e apresentações.
2. Aprenda a se colocar no lugar do outro. Pense: como eu agiria se estivesse no lugar dele? Muitas vezes reclamamos de nossos gestores porque não nos colocamos em seus lugares. Uma pessoa da minha equipe uma vez me disse “Sempre tive o sonho de ser gerente, agora que consegui, queria voltar atrás com o mesmo salário de hoje, mas como não posso terei que aprender a conviver com o nível de responsabilidade e exigências novo”.
Se você fica bravo quando seu gestor lhe pede para rever um trabalho pense se você o apresentaria como o entregou e se com aquele conteúdo a sua área ficaria valorizada. Se mesmo assim achar que estava bom, encare como um desafio ou aprendizado a revisão do assunto solicitada. Colocar-se no lugar do outro é uma das melhores formas de aprender a entender as intenções.
3. Garanta que sua comunicação está alinhada à cultura da sua empresa e à cultura de gestão do seu gestor e que suas ações estão alinhadas no trabalho aos objetivos da sua empresa. Não, não é para mudar sua personalidade e nem para assumir máscaras que não são você. Mas para entender você como é e como estar inserido da melhor forma (mais favorável a você e à empresa) na relação com o seu trabalho.
4. Feedback não é um momento no qual você receberá somente coisas negativas. Algumas empresas têm utilizado este momento apenas para criticar e apontar aspectos negativos. Se isso acontece com você, faça uma pergunta após seu gestor lhe dizer os pontos negativos identificados por ele. Pense e sugira uma melhoria para aquele fato e pergunte: você acha que assim ficaria mais adequado? Eu tenho certeza de que a forma certa, utilizada na hora certa, lhe trará um outro tipo de relação.
5. O que a pessoa tem de bom? O que pode aprender com ela? Aproveite do momento e identifique pontos fortes em seu gestor, peça a ele que te mostre como fazer determinadas coisas e aprenda. Aprenda o que puder durante os relacionamentos que estabelece ou que a vida o leva a estabelecer.
6. Se você está certo de que nada dali é para você, avalie as oportunidades de futuro internamente e externamente e veja o que pode aprender, o que pode produzir que o ajudará a alavancar sua carreira a partir do “hoje”, do “agora”. Motivação não é algo que o outro nos dá, mas que nós temos que gerar constantemente. Identifique qual é a sua razão de existência e como tudo isso tem a ver com sua atividade e como pode aproveitar os momentos que está vivendo para melhorar sempre como profissional e ser humano, para conseguir desenvolver-se chegando preparado ao futuro que objetiva.
7. Muitas vezes, excelentes profissionais não alcançam seus objetivos porque seu comportamento está inadequado. Faça uma autoavaliação: você, durante seu dia-a-dia, é ríspido com os outros? Demonstra arrogância e desvaloriza o outro e sua produção no trabalho? Não valoriza a confiança dos seus colegas e utiliza-se de informações para se autopromover? Passa mais tempo conversando e reclamando e tentando prever o futuro do que fazendo seu trabalho? Não busca desenvolver-se?
Está o tempo todo querendo crescer, crescer, crescer, do dia para a noite, e não está disposto a dedicar-se para isso? Apresenta trabalhos que são feitos somente a partir da sua visão? Não presta atenção nas demandas que lhe são dadas? Não consegue visualizar o que sua função pode ter a mais e como ela pode crescer a partir da sua atuação?. Parece que não consegue sair do lugar porque a cada desafio dado sente medo e aí coloca-se como resistente? É centralizador e não consegue valorizar as contribuições de uma equipe de trabalho? Só critica as pessoas ao invés de tentar conviver com elas?
Se respondeu “sim” a muitas dessas perguntas, cuidado: você pode estar sabotando a si mesmo e deixando que sua vida lhe tome como vitima e não como ator.
8. Entenda quais são seus valores, necessidades e desejos reais a partir da sua vida e do seu trabalho. Nosso tempo deve ser usado para gerar resultados em nosso trabalho e sentido para a nossa vida. Há profissionais que, ao serem cobrados por resultados, entram em um ciclo de justificativas emocionais que com as mudanças atuais do mercado não funcionam mais. Agir é bem melhor que justificar. Pessoas que não estabelecem desafios pessoais e aí reclamam que sua vida é ruim porque nada acontece e que o outro no mínimo deve ter sorte que ela não tem. Mais uma vez coloque-se como ator e não como vítima.
9. Identifique o que você precisa receber dos seus relacionamentos do dia a dia para que se sinta no seu melhor. Avalie suas necessidades, algumas vezes levamos para o trabalho necessidades paternalistas e parecemos infantis e não profissionais. Liste suas necessidades e seus valores e veja se eles estão alinhados ao objetivo do ambiente.
10. Quais são suas metas de vida e no trabalho? Alguns responderiam: “não sei, ninguém nunca me disse”. Mas você pergunta? Procura saber as expectativas do outro e as suas para atendê-las? Seja ator de seus resultados!

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