terça-feira, 30 de agosto de 2011

INSTITUTO DE LATICINIOS CÂNDIDO TOSTES TERÁ LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE ÁGUA E EFLUENTE

O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), que pertence à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), vai implantar até o final deste ano o primeiro laboratório de análise de água e efluente da instituição. Com recursos de R$ 94,5 mil, provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e da Embrapa, serão adquiridos equipamentos capazes de realizar análises de parâmetros físico-químicos de amostras de água e de efluentes, como demanda química de oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), pH, condutividade, temperatura, sólidos totais, sólidos voláteis, cor, oxigênio dissolvido (OD), fósforo total, nitrogênio total, ferro total, alcalinidade, dureza e turbidez.
A implantação do laboratório é parte do projeto para produção de energia elétrica a partir de biogás gerado por dejetos da pecuária leiteira, coordenado pela Embrapa Gado de Leite. O projeto prevê a utilização da biomassa agrícola como insumo energético, utilizando resíduos da agropecuária como alternativa para a geração de energia elétrica. Segundo estudos preliminares, a biodigestão anaeróbia (processo de decomposição de matéria orgânica por organismos vivos em meio onde há ausência de oxigênio) representa uma alternativa para o tratamento de resíduos, pois além de reduzir ao mínimo o potencial poluidor e os riscos sanitários dos dejetos, promove a geração do biogás, utilizado como fonte de energia alternativa e permite ainda o uso do efluente como biofertilizante.
A pesquisadora da Epamig, Claudety Barbosa Saraiva, responsável pelo laboratório, explica que, a princípio, os equipamentos irão atender às demandas do projeto e, posteriormente, serão utilizados para demais análises. “As análises de amostras de efluentes para o projeto do biogás serão realizadas durante o período de um ano e deverão começar até o final de 2011. Serão analisados 15 parâmetros físico-químicos”, observa.
Projeto biogás
O projeto para produção de energia elétrica a partir de biogás gerado por dejetos da pecuária leiteira é financiado pelo CNPq e, além da coordenação da Embrapa, envolve EPAMIG, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Estadual Paulista - Jaboticabal, Emater-MG e Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
O prazo para realização do projeto é de três anos e pretende otimizar a geração de biogás e eletricidade por meio do uso dos dejetos da pecuária leiteira, criando-se uma oportunidade para diversificação de matriz energética e geração de renda nas propriedades leiteiras e favorecer a produção do biofertilizante gerado pelo processo de biodigestão anaeróbica, que pode ser aplicado no solo, propiciando diminuição de aquisição de insumos para o produtor rural e avanços na sustentabilidade da produção.

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