Mas, não acho que seja louvável
atribuir a tecnologia o título de “mal do século”, pois através dela, hoje não
existe fronteiras, não na rede mundial de computadores, se você estiver em casa
a noite e querendo comprar algo, ali você vai encontrar milhões de “lojas
abertas”, 24h ao seu alcance, atendendo as demandas e novidades do público, e
isso não se aplica só ao e-commerce, se aplica as noticias, ao mercado
financeiro (exemplo disso, é durante a noite operar com a bolsa de valores do
Japão), religião, namoro, enfim, não é mensurável a quantidade de benefícios
que se obtém através da tecnologia. No mundo acadêmico, a quantidade de dados
disponíveis é infinita, hoje se faz pesquisa em minutos, porém com essa gama de
informações vem o problema: as informações não estão gerando conhecimento.
Encontramos ai, um problema,
porém, não o suficiente para apontá-lo como o vilão do século, existe algo que
esta presente sobre nós desde nosso nascimento e nos acompanha até o fim de
nossa vida. Aprendemos durante nossa infância o seu nome, durante a
adolescência começamos a ter uma ideia de como ele funciona e somente na fase
adulta é que vemos o quão pesado ele é. Nosso amigo (nem sempre amigo)
INSEPARÁVEL é o Tempo! Sim é ele que está com você no seu nascimento, é só
olhar sua certidão de nascimento que lá irá constar o dia e a hora de seu primeiro
suspiro.
Mas porque inserir o tempo no
contexto de mal do século?
Em dias que para nada se tem
tempo, já acordamos pensando o que temos que fazer, se já não acordamos
atrasados, as tarefas simples, como tomar café, almoçar com a família tornasse
raridade, a pressa em chegar no trabalho, na faculdade, na igreja, na academia,
no show, enfim… desloca do que é o mais simples e talvez o mais precioso, isso
sem contar no fator da saúde, a má alimentação, sedentarismo...
Muito tenho ouvido dos meus pares
e subordinados, que deixam de estudar ou fazer algo de interessante por falta
de tempo. Falta de Tempo? é possível faltar tempo? faço essa pergunta sempre
comparando a outras riquezas que nós possuímos, é possível falta o ar? é
possível faltar o solo aonde nós pisamos? a resposta para estas perguntas é
não, e para o tempo?
Como pode faltar tempo de um
gestor? O profissional que em tese é o planejamento em pessoa.Mas este “mal”,
por enquanto chamarei assim, não assola apenas a classe dos gestores, pelo
contrário, vemos em todas as classes, sem precisar discriminar por renda, pois
todos reclamam: “Ah se eu tivesse tempo para ficar com minha família…” “Queria tanto aprender inglês, pena que não
tenho tempo” ou então “Se eu fosse jovem
eu teria feito faculdade, hoje não tenho mas tempo”. Todos culpando o cronos. Que vilão é este
capaz de impedir encontros familiares, alcance de objetivos e que apenas existe
para lembrar que estamos atrasados?
Mas afinal o que é o tempo?
Segundo o dicionário MICHAELES, “Tempo é uma medida de duração dos seres
sujeitos à mudança da sua substância ou a mudanças acidentais e sucessivas da
sua natureza, apreciáveis pelos sentidos orgânicos.” ¹[1]
Medida de duração dos seres
sujeitos à mudanças da sua substancias, nós somos estes seres, o que vem a ser
mudança? troca de atitude, troca de pensamentos, troca de objetivos.
Com o pensamento de que podemos
mudar, nós podemos alterar a trajetória do tempo em nossas vidas, como fazê-lo?
Falar que o culpado é o tempo,
com base no que acabamos de ver, vem a ser desmistificado, pois apenas, repito
apenas é uma desculpa, uma tentativa de encontrar um culpado para esconder o
que realmente ocorre.
A esta altura, já posso sentir,
alguém indagando, como posso ficar com minha família? Eu quero muito, porém
tenho que trabalhar, tenho que trazer a comida para dentro de casa ou também:
Como posso focar no ambiente de trabalho? Tenho que tomar conta da parte
financeira, da parte logística, de todo o planejamento, como?
Quem faz o tempo?
Culpar o tempo pode ser fácil,
mas porque não culpar quem faz o tempo? Antes de falar propriamente de quem faz ou deixa de
fazer, o importante é perdermos o hábito de falar: “NÃO TENHO TEMPO”.
Como vimos todos os seres
sujeitos a mudança tem tempo, isso significa que todos os seres humanos possuem
tempo, mas em qual medida? Em qual proporção? Qual a diferença de uma pessoa
rica para uma pessoa pobre? Alguém diz: muitas, um universo separa esses dois,
eu digo que só uma coisa: dinheiro. Os dois são, de certo modo, iguais, porém o
que os distingui, neste caso, é o dinheiro. E o que esses dois indivíduos tem
incomum? O tempo. Olha ele ai, sim os dois tem 24 horas por dia, exatas,
igualmente, nem com toda a riqueza ele pode adquirir ou barganhar seu tempo.
Deus foi muito justo, todos nós temos 24 horas em um dia, isso sem distinção de
religião, de sexo, de classes sociais,
de ideais políticos, todos somos iguais perante o Sr Tempo. Passamos a entender
que não existe falta de tempo, não tem como faltar algo que nos acompanhará até
o fim de nossas vidas aqui.
E agora, quem faz o tempo? essa é
a pergunta mais fácil de responder até agora, somo o autor, escritor,
roteiristas e o ator(atriz) de nossa vida, e como é transcorrido cada episódio
dos nossos dias somos nós mesmos que produzimos.
Não existe falta de tempo e sim
prioridades que damos a determinadas coisas e a outras não. E quando se trata
de prioridades, logo se pode pensar nas consequências de cada ação. Se hoje
você abre mão do descanso do fim do dia, aquele quando chegamos exaustos do
trabalho, para dedicar-se ao estudo de um idioma, a um curso técnico, a um
curso superior ou até mesmo se preparando para um concurso público, acredite,
pode até não parecer em curto prazo, porém, a longo prazo o retorno deste tempo
investido virá, e trará com ele novos horizontes e novos rumos.
Fonte: Contabeis.com
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