quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Está nas mãos de quem?

Nesse momento todos reclamam da falta de profissionais qualificados para o mercado de trabalho. Há muitas vagas e poucos interessados ou qualificados para ocupá-las? Essa se mostra uma realidade mundial e tenho lido vários artigos que buscam as estratégias de diversas empresas para tentar atrair talentos. Não está sendo possível reter, por não ter quem reter nesse momento, é um fato preocupante para muitos empresários que pensam e mantêm a organização como se ainda estivessem na década passada.

Não precisamos ir muito longe para notar a falta de interesse pelo trabalho por parte de muitos jovens que compõem nossa sociedade. É preocupante atuar na área de RH e notar a falta de interesse em assumir responsabilidades. Mas, isso será culpa de quem? Será que existem culpados para tal situação mundial?

Pessoalmente, acredito que não. O problema está partindo da educação. Não tenho filhos, mas lido diretamente com criação alheia dentro da empresa, eles querem empregos melhores, vagas que os façam ganhar mais sem o mínimo esforço e o mais rápido possível.

Eles falam de um celular de última geração melhor, dos vendedores da marca e dos preços como se fossem um doce que compramos no boteco da esquina.

Esse artigo é para alertar você que é pai ou mãe que deixa seus filhos se apossarem de toda tecnologia sem saberem o sentido básico da vida e dos valores. Não é para criticar ou expor essa nova geração de maneira negativa, mas, caros amigos, trabalhamos com eles e precisamos saber como lidar com situações inusitadas que os mesmos trazem de seus lares onde mandam mais que os pais. Pergunto a vocês, como lidar com isso?

Na época de minha criação, era obrigada a tratar todos com respeito. Dentro das casas havia algo maior que somente internet e novelas, existiam valores, aqueles que hoje são lindamente estampados nas cartilhas das empresas. Mas e aí, será que mais alguém além dos donos sabe o que cada palavra realmente quer dizer? Não quero ser pessimista, mas precisamos assumir novamente o controle da educação em nossas casas, do respeito, da hierarquia. O Estado não tem obrigação de cumprir esse papel, e não cumpre nem o que lhe é de obrigação. Tenho amigas professoras em escolas públicas que desabafam que muitos alunos não querem estudar, mas passam de ano. Como lidar com esse profissional no momento que ele chega ao mercado de trabalho, pois passa a ser obrigado a trabalhar?

Se você trabalha em RH como eu, deve ter passado por situações delicadas frente a um adolescente rebelde que se recusa a realizar seu trabalho. Não temos muito que fazer.

Voltemos nosso olhar para os valores, para pessoas e não coisas. Não é fácil explicar isso a alguém que não viveu em um lugar que propiciasse essa condição. E se você e eu não começarmos, não será possível atrair e pior ainda reter. Penso, ainda, que certas políticas paternalistas em nosso país também causou dano no perfil que está entrando no mercado de trabalho hoje. Existem muitos recursos paternais que castram o ser humano de princípios básicos.

Bom, reclamar pela falta de profissionais é fácil, lamentar pelos recursos, ainda mais fácil. Então, faço um desafio a você meu amigo leitor que inicie um processo de reavaliação de seus valores, de sua postura, da educação que passa aos seus, os problemas são gerados por uma cadeia de atitudes e podem sim serem melhorados. Não basta criticar, vamos tomar atitudes que levem educação para o contexto empresarial.

Isso pode ajudar a mudar, politicas que compram o colaborador ou o funcionário, como preferir, não vai retê-lo por muito tempo. Valores, princípios, coisas que faltam aí afora podem sim ajudar a melhorar nosso contexto atual.

Vamos comigo? Pior que está, fica sim se não tentarmos fazer nada para melhorar.

Um grande abraço otimista e com boas mudanças para 2014! 

Fonte: Boletim RH

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