Não precisamos ir muito longe para notar a falta de
interesse pelo trabalho por parte de muitos jovens que compõem nossa sociedade.
É preocupante atuar na área de RH e notar a falta de interesse em assumir
responsabilidades. Mas, isso será culpa de quem? Será que existem culpados para
tal situação mundial?
Pessoalmente, acredito que não. O problema está partindo da
educação. Não tenho filhos, mas lido diretamente com criação alheia dentro da
empresa, eles querem empregos melhores, vagas que os façam ganhar mais sem o
mínimo esforço e o mais rápido possível.
Eles falam de um celular de última geração melhor, dos
vendedores da marca e dos preços como se fossem um doce que compramos no boteco
da esquina.
Esse artigo é para alertar você que é pai ou mãe que deixa
seus filhos se apossarem de toda tecnologia sem saberem o sentido básico da
vida e dos valores. Não é para criticar ou expor essa nova geração de maneira
negativa, mas, caros amigos, trabalhamos com eles e precisamos saber como lidar
com situações inusitadas que os mesmos trazem de seus lares onde mandam mais
que os pais. Pergunto a vocês, como lidar com isso?
Na época de minha criação, era obrigada a tratar todos com
respeito. Dentro das casas havia algo maior que somente internet e novelas,
existiam valores, aqueles que hoje são lindamente estampados nas cartilhas das
empresas. Mas e aí, será que mais alguém além dos donos sabe o que cada palavra
realmente quer dizer? Não quero ser pessimista, mas precisamos assumir
novamente o controle da educação em nossas casas, do respeito, da hierarquia. O
Estado não tem obrigação de cumprir esse papel, e não cumpre nem o que lhe é de
obrigação. Tenho amigas professoras em escolas públicas que desabafam que
muitos alunos não querem estudar, mas passam de ano. Como lidar com esse
profissional no momento que ele chega ao mercado de trabalho, pois passa a ser
obrigado a trabalhar?
Se você trabalha em RH como eu, deve ter passado por
situações delicadas frente a um adolescente rebelde que se recusa a realizar
seu trabalho. Não temos muito que fazer.
Voltemos nosso olhar para os valores, para pessoas e não
coisas. Não é fácil explicar isso a alguém que não viveu em um lugar que
propiciasse essa condição. E se você e eu não começarmos, não será possível
atrair e pior ainda reter. Penso, ainda, que certas políticas paternalistas em
nosso país também causou dano no perfil que está entrando no mercado de
trabalho hoje. Existem muitos recursos paternais que castram o ser humano de
princípios básicos.
Bom, reclamar pela falta de profissionais é fácil, lamentar
pelos recursos, ainda mais fácil. Então, faço um desafio a você meu amigo
leitor que inicie um processo de reavaliação de seus valores, de sua postura,
da educação que passa aos seus, os problemas são gerados por uma cadeia de
atitudes e podem sim serem melhorados. Não basta criticar, vamos tomar atitudes
que levem educação para o contexto empresarial.
Isso pode ajudar a mudar, politicas que compram o
colaborador ou o funcionário, como preferir, não vai retê-lo por muito tempo.
Valores, princípios, coisas que faltam aí afora podem sim ajudar a melhorar
nosso contexto atual.
Vamos comigo? Pior que está, fica sim se não tentarmos fazer
nada para melhorar.
Um grande abraço otimista e com boas mudanças para 2014!
Fonte: Boletim RH
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