Entre as
modificações que o projeto propõe, os empresários estão na expectativa sobre a
universalização da adesão ao Simples Nacional, que faria com que qualquer micro
e pequena empresa, independente do setor, pudesse aderir ao regime tributário
diferenciado. Hoje, cabe ao Fisco definir quais empresas podem entrar no
sistema, e muitos setores ficam de fora. Se aprovado o PLP, uma vez que o
empresário se enquadre na categoria de micro ou pequena empresa, ele poderá
fazer parte do regime. "Há uma discriminação injusta com atividades que
são impedidas de exercer opção do Simples", afirmou o ministro da Micro e
Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.
O ministro
também apresentou algumas propostas para melhorar a vida do pequeno empresário,
com prazo de um ano para serem executadas.
A
implementação de um processo único de abertura e fechamento de empresas,
utilizando certificados digitais e a proibição da substituição tributária estão
dentro do plano "Pensar Simples", que pretende simplificar a
tributação e ajudar a aumentar a renda do micro e pequeno empresário. Hoje, uma
pessoa leva, em média, 180 dias para abrir uma empresa no Brasil.
Também
estavam presentes representantes de empresas de médio porte, que esperavam
ouvir do ministro sobre a possibilidade de aumento do teto de receita anual
para ser classificado como pequena empresa. "Em um primeiro momento nós
temos que alargar a base do micro e pequeno [empresário], através da entrada de
todos os setores dentro desse guarda-chuva de proteção. À medida que você tenha
essa massa que entra, a próxima pressão é sobre o teto", respondeu Afif,
mas ressaltando que é preciso fazer uma coisa de cada vez.
Outro ponto
importante discutido no evento foi a concessão de crédito para o pequeno
empresário. O ministro falou da possibilidade de se criar um fundo garantidor
para dar segurança aos bancos na concessão de empréstimos para empresários que
não têm como garantir o pagamento da dívida. De acordo com o vice-presidente do
Santander, um dos objetivos do banco é impulsionar o segmento. "É uma
forma totalmente diferente de ceder crédito, a pessoa que toma o empréstimo
muitas vezes não tem nada no seu nome. Nós queremos muito crescer no segmento
de pequenas empresas", completou o executivo.
Sobre a
polêmica de acúmulo de cargos, o vice-governador disse apenas que não há
qualquer problema do ponto de vista jurídico. "O parecer da AGU, da
Advocacia Geral da União, e o parecer da Comissão de Ética da Presidência da
República é assunto claro, cristalino e pacífico: o vice está livre para poder
exercer esse mandato", afirmou.
Fonte: DCI –
SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário