quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

PESQUISAS DE CLIMA ORGANIZACIONAL DEVEM PRIORIZAR EFICÁCIA.

Diante do acirramento da disputa por talentos, as empresas têm se esforçado para dar melhores oportunidades de carreira aos profissionais considerados estratégicos. O trabalho começa com pesquisas organizacionais de motivação e clima interno, que procuram detectar não apenas o nível de satisfação do colaborador, mas quanto ele está comprometido com a empresa.
“A forma de diagnosticar as organizações evoluiu da pesquisa de satisfação e felicidade para a de efetividade organizacional”, disse o consultor Rodrigo Magalhães, da Hay Group, em apresentação realizada no comitê de Gestão de Pessoas da Amcham-São Paulo no último dia 14. “Um ambiente de efetividade com a organização não significa só um lugar onde as pessoas estão felizes, mas onde querem produzir mais e ter vínculos”, completou ele.
As empresas não desejam apenas profissionais satisfeitos e contar com os que mais conhecem as atribuições técnicas do cargo. Elas também estão à procura dos que melhor se relacionam com seus pares e os mais comprometidos. Isso faz diferença na hora de trazer resultados, afirma Magalhães.
“Há uma ligação direta entre ambientes que propiciam a efetividade dos colaboradores. Eles se tornam mais produtivos. É claro que há outros aspectos a serem considerados, mas um bom clima interno se traduz em estabilidade, produtividade e retenção maior.”
Conhecer o nível de satisfação dos colaboradores ainda é importante para as empresas. No entanto, elas também querem avaliar o quanto seus funcionários estão engajados em relação aos objetivos centrais e, dentro desse foco, fazer o necessário para criar a melhor relação de trabalho possível.
“Pela quantidade de empresas que aplicam diagnósticos de clima organizacional, vemos que elas estão mais interessadas nesse aspecto. Muitas já atrelam o bônus de seus gestores aos resultados de pesquisas de ambiente interno”, segundo o consultor.
Medir para melhorar
As pesquisas organizacionais apontam o caminho para as mudanças. “Só se consegue melhorar o que é medido”, comenta Eliane Maria Aere, diretora de Recursos Humanos da Ticket.
“Muitas vezes, uma companhia pode achar que está fazendo bem o seu papel, mas isso não se reflete em resultados. Se o problema for de desalinhamento de expectativas, a melhor forma é pesquisar as causas e descobrir a melhor forma de sanar esse desequilíbrio”, comenta.
A empresa se vale de pesquisas gerais de gestão e clima organizacional, diagnósticos internos de satisfação e de valores e cultura organizacional, “para verificar a aderência às práticas corporativas”.
A Cosan, que incorporou os ativos de distribuição de combustíveis da Shell no Brasil em fevereiro, utiliza pesquisas organizacionais para definir políticas de união de culturas organizacionais.
“Em nossas empresas controladas, optamos por fazer um misto de motivação e detecção de cultura organizacional”, disse Paula Benevides, diretora de Recursos Humanos da Cosan.
“Conhecer o ambiente de trabalho é um fator relevante para a mudança organizacional e direcionamento estratégico da companhia”, assinala ela.
Liderança
Um ambiente organizacional harmonioso ou hostil é influenciado pelo líder. “A liderança é o fator critico de sucesso nas empresas. Líderes que comunicam, reconhecem e inspiram são os que fazem a diferença para o bem”, observa Magalhães.
Os funcionários precisam de um referencial de boa administração, e cabe ao líder exercer esse papel. Uma percepção positiva sobre valores e liderança é, portanto, fundamental para o engajamento. “A receita de sucesso se inicia na liderança. Ela precisa ser baseada em boas práticas administrativas e estar inserida em cultura mais aberta”, detalha. (Amcham)

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