terça-feira, 23 de outubro de 2012

Quer planejar melhor suas finanças? Use a contabilidade.

A solução para boa parte de nossos problemas financeiros é a contabilidade. Muitos acreditam que importante é economizar mas acabam se esquecendo do “contabilizar”. “A pessoa que aprender a contabilizar o fato econômico que a economia gera estará dando um grande passo ao enriquecimento”, conta o atual presidente da Fecontesp (Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo), Almir da Silva Mota a respeito da prioridade em saber aplicar os conceitos básicos da economia e da contabilidade para o sucesso financeiro.

Para o conselheiro do CRC SP (Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo), Carlos Roberto Matavelli, a contabilidade é a maneira mais confiável de registrar a economia de um lar. “Existem dois conceitos-chave quando pretendemos aplicar a Contabilidade em nossas finanças: “tomada de decisões” e “patrimônio”. Matavelli acredita que quando controlamos nossas finanças, crescem as chances de acertamos na tomada de decisões e, assim garantimos nosso patrimônio para o futuro.

Especialistas também afirmam que a importância do controle das finanças aumenta até por conta das incertezas que vivemos atualmente. Controlar os gastos vira sinônimo de segurança do dinheiro.

Mota orienta as pessoas a não se preocuparem muito com os conceitos, pois a contabilidade pode ser facilmente inserida no dia a dia de qualquer um. Segundo conta, as donas de casas são as maiores gestoras de orçamento. Para começar, deve-se ter consciência de que não se pode gastar mais do que se ganha. Despesas não podem ser maiores que receitas.

“Essas moedas vão para o porquinho”

Aos filhos, a importância de educá-los financeiramente é imensurável . Os pais precisam passar a mensagem da economia e da contabilidade às crianças. “Dê o dinheiro trocado ao seu filho, diga que essas quatro moedas de R$ 0,25 que vão para o porquinho, se juntadas à muitas outras moedas, poderão ser trocadas por um brinquedo à vista e sendo assim, ela poderá pegar um desconto, que é o contrário do que pagar a prazo, que tem juros e, assim por diante”, explica Mota, ressaltando que ensinando os filhos desde cedo, é mais fácil para que peguem gosto em saber o valor do dinheiro.

Seja semanada, quinzenada ou mesada, filhos devem ser incentivados pelos pais a anotarem a quantia de dinheiro que têm, o quanto precisam gastar e o quanto podem guardar.

Dinheiro que entrou / Dinheiro que saiu

É importante ser “senhor da negociação” e ter total domínio de suas contas, conhecendo seus direitos e deveres como consumidor. É preciso saber que o dinheiro gasto é crédito e o dinheiro entrado é o débito. Arrume um caderninho, faça uma listagem com duas colunas: receitas e despesas. “São só contas básicas como soma, divisão, subtração e porcentagem, usadas nos fluxos de caixa não só das empresas mas também das famílias”, fala Matavelli, comparando o "caixa" de uma empresa com o orçamento familiar.

Futuro

Se não aplicarmos nosso dinheiro, poupando, investindo e contabilizando valores, as condições para uma boa vida na velhice ficarão mais difíceis. “Entre os 30 e os 50 é difícil se preocupar muito com o dinheiro já que geralmente é quando se ganha mais”, diz Matavelli explicando que apesar de o brasileiro estar vivendo mais, as condições estão ficando difíceis em meio à crises. "Quem aplica a prática contábil agrega mais valor ao futuro. Por mais que envelhecemos mais, a qualidade de vida em relação ao nosso bolso ainda é uma incógnita”, diz.

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