Todos já sabemos que os
contabilistas são a classe de profissionais liberais no Brasil que mais horas
compulsórias e gratuitas dedicam para atender os governos federal, estaduais e
municipais no Brasil.
Agora, com a edição da Resolução
CFC 1.445/2013, que trata sobre informações obrigatórias a serem prestadas
pelos contadores, assessores e auditores ao Conselho de Controle de Atividade
Financeira (Coaf), relativamente às operações de seus clientes consideradas
suspeitas de lavagem de dinheiro, temos mais uma obrigação junto aos entes
públicos.
Estima-se, por baixo, que mais de
70% do tempo consumido por um contabilista na gestão da contabilidade de uma
empresa é voltada exclusivamente aos reclames governamentais. Há muitos
profissionais que são contratados exclusivamente para as questões burocráticas
e preenchimento de declarações, formulários e outras exigências. No momento,
quem arca com tais custos são os contratantes de tais serviços, mas até quando
estes continuarão concordando com tais encargos?
A continuarem tais exigências,
logo teremos uma classe de profissionais liberais que se chamará de “classe de
profissionais gratuitos do governo”, a primeira neste país, que exercerá
funções 100% compulsórias e sem custos para o Estado!
Está mais que na hora dos
contabilistas se unirem e pleitearem isenção de tributos sobre suas atividades
profissionais, bem como serem reconhecidos publicamente pelos entes federativos
pela extensa gratuidade de seus trabalhos dedicados aos serviços públicos.
Além disso, devemos pressionar
para que as imposições à nossa classe sejam contrabalanceadas com medidas de
compensação respectiva (por exemplo: cada nova obrigação exigida pela Receita
Federal seria compensada como dedução do imposto de renda ou das atividades
profissionais dos escritórios ou empresas contábeis).
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